Quando pensamos em texturas de parede a serem exploradas, buscamos adicionar mais uma camada de requinte estético para a decoração das casas. São muitas as opções que adicionam relevos e criam padrões visuais que, quando bem aplicadas, tornam-se elementos decorativos por si só.
Mas que tal explorar uma textura que tem sua origem em um processo completamente natural? Uma técnica que, quando aplicada em móveis, molduras e acessórios para decoração, visa trazer um conceito de elegância que só pode ser obtido por elementos duradouros e de alta qualidade?
Se você gostou dessa possibilidade, precisa conhecer a pátina e sua aplicação em paredes! Leve o que há de melhor da fusão entre a rusticidade e o requinte para todo o ambiente ao utilizar desse detalhe charmoso para as principais estruturas do cômodo.
Conte com esse post do blog da Meu Rodapé para se tornar um especialista no uso dessa técnica para aplicar onde quiser.
Boa leitura!
O que é pátina?
Originalmente, a pátina é um composto químico que aparece na superfície do metal com o passar do tempo, sobretudo se a peça metalizada em questão estiver exposta aos ventos, à umidade e a demais fatores biológicos propiciados pelo clima.
O tipo de pátina apresentado varia de metal para metal, indo desde as tradicionais marcas que remetem ao desgaste, até mudanças completas de tonalidades junto às referidas marcas.
O exemplo mais famoso desse segundo caso é a Estátua da Liberdade, feita em cobre e de cor avermelhada originalmente. Entretanto, a pátina criou uma camada esverdeada que persiste até hoje.
No âmbito do artesanato, portanto, entende-se uma técnica como pátina desde que ela traga ao item trabalhado esse aspecto de material envelhecido, levemente desgastado pelo tempo.
A ideia é mesclar as cores e padrões da superfície que será trabalhada com marcas que variam entre o branco e opções mais claras da paleta de cores da pintura original.
Como usar a pátina na textura da parede?
Para aplicar a textura pátina nas paredes, o processo é muito mais simples do que parece, com a pintura podendo ser feita por você mesmo — e sem ter que esperar uma eternidade, como ocorre no processo natural do metal. Para utilizar essa técnica em casa, você vai precisar de:
- Tinta para pintura de paredes de sua preferência;
- Rolo de espuma;
- Equipamento com cerdas (escova, vassoura ou similares);
- Itens para limpeza e organização da pintura, como luvas, jornais e fitas.
1. Prepare o ambiente para a pintura
Assim como nos processos de pintura tradicionais, é importante você cuidar da organização durante esse processo de pintura.
Use luvas para cuidar das suas mãos até a colocação de jornais no chão — evitando que a tinta caia — e das fitas sobre tomadas, interruptores, rodapés, rodatetos e boiseries para não sujar nada.
Outro benefício principalmente do uso das fitas é de te ajudar a delimitar com precisão a área a ser pintada ao ser colocada também nos cantos das paredes caso a pátina vá ser aplicada somente em uma das estruturas.
Não há problema nenhum pintar sobre a fita caso escape um pouco, já que, quando ela for removida, vai manter a pintura devidamente alinhada.
2. Passe a tinta na parede com o rolo
Esse passo também não reserva muitos segredos, sendo um processo também relativamente comum de pinturas com rolos. Passe o instrumento até que todos os trechos da parede estejam uniformemente pintados.
Vale destacar que o uso do rolo não somente é muito mais prático do que os pincéis, como caso se use essa alternativa e as pinceladas fiquem marcadas, pode atrapalhar o efeito da pátina.
3. Utilize as cerdas escolhidas para fazer a pátina
Logo após concluir a aplicação da tinta na parede, é hora de utilizar as cerdas do instrumento escolhido para fazer a pátina!
Faça movimentos verticais que produzam o efeito de ranhura e desgaste leve idealizado: aqui, o segredo está nos movimentos suaves e contínuos. Não precisa exagerar na força para correr o risco de remover toda a tinta.
Outra dica de execução da pátina é que, caso fique difícil de manter o movimento com as cerdas do topo até a base da parede, evite parar o movimento e tentar continuar de onde parou no mesmo sentido.
Esse “remendo” na marcação geralmente fica bem marcado, por mais que você faça com todo o cuidado. Portanto, conclua o trecho fazendo o movimento de baixo para cima!
Como decorar uma parede com textura de pátina?
Para decorar a parede toda feita com pátina, uma excelente pedida é apostar em composições que tragam informações de maneira equilibrada junto à estrutura, evitando os exageros.
As já mencionadas boiseries são excelentes alternativas, enquanto quadros que oferecem algum contraponto estético para a parede texturizada também são muito bem-vindos.
O ideal seria tanto oferecer algum tipo de contraste tanto nas cores exploradas das molduras e imagens, quanto equilíbrio entre a informação estética apresentada na parede e o conteúdo das obras nela fixadas.
Siga conferindo mais dicas de como aproveitar ao máximo as texturas das paredes e o aproveitamento do potencial dos quadros. Confira também esse post sobre como fazer composições para levar sua decoração ao próximo nível!