Mais do que uma maneira de cuidar dos reparos da casa, a bricolagem se tornou um hobby e hoje é considerada uma cultura e toda uma filosofia sobre sustentabilidade, ligação com o lar, criatividade e expressão. Vale a pena conhecer mais sobre o seu conceito, sua história e seus benefícios. Continue a leitura e saiba mais!
As origens da bricolagem
O termo bricolagem vem do francês bricolàge, e tem muitas traduções proporcionais, no inglês e em maior parte do mundo é conhecido como o conceito de DIY (Do It Yourself – Faça Você Mesmo) e aqui pelo Brasil logo se popularizou por meio dos vídeos de influenciadores digitais nas redes sociais.
A ideia desse termo consiste em fazer reparos sem a ajuda de profissionais, utilizando materiais comuns do dia a dia, coisas de fácil acesso, geralmente reaproveitadas. Porém, esse trabalho também envolve criação, seja de ferramentas, de acessórios, de decoração, tudo aquilo que possa servir nosso lar.
Sabe-se que a criatividade e a arte da improvisação sempre fizeram parte do dia a dia de muitas pessoas, mas foi em momentos mais extremos que ela ganhou corpo e virou uma cultura.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os países Aliados e do Eixo passaram por maus bocados e enviaram a maioria dos artesãos e prestadores de serviço para as linhas de frente, enquanto usavam todo o poder produtivo das fábricas para a criação de arsenais de guerra.
Isso acabou causando uma escassez das mais diversas ferramentas, até de materiais e mão de obra profissional no dia a dia das famílias, que precisavam ter muita criatividade para cuidar da sua própria casa.
As pessoas compartilhavam materiais reaproveitados, ensinavam técnicas de reparos na casa, nas roupas, nos utensílios, improvisavam ferramentas, remendos e muitas vezes criavam campanhas de ajustes para objetos das casas das pessoas.
A solidariedade em momentos de crise permaneceu muito viva, e em anos pós-guerra, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, se tornou um conceito maior que o próprio nome. A filosofia Do It Yourself (DIY) incorporou a ideia em um nível radical.
O DIY viu crescerem comunidades mais sustentáveis, fez aumentar o interesse das pessoas pelo reparo de seus equipamentos e utensílios de maneiras alternativas, como um hobby e também como uma maneira de economizar ou até fazer uma renda extra.
A arte, especialmente, que refletia a destruição do fim da guerra, incorporou a espontaneidade e o reaproveitamento na confecção de quadros compostos, de instrumentos musicais e especialmente na hora de decorar o lar.
A bricolagem faz parte do nosso dia a dia
A bricolagem virou uma febre especialmente com a ascensão das indústrias químicas, que criavam vários materiais com texturas e maleabilidade incríveis.
Toda família quer aprender a fazer instalações e consertos em casa, os cursos em vídeo de reparos em calhas, tubulações e criação de mobília dominavam as bancas, assim como os queridos patchworks.
Na escola, por exemplo, toda criança faz diversos trabalhos coletando jornal, caixas de leite, rolos de papel higiênico, tubos de PVC e outros materiais que davam vida a casinhas, brinquedos. Tudo que a criatividade do pequeno e dos professores pudesse dar vida com pote de tinta acrílica, tesoura sem ponta e uma pistola de cola quente.
Atualmente, a bricolagem tem segmentos para todo mundo, e ganhou um status de algo chique, divertido e especialmente sustentável.
Sustentabilidade, economia e diversão
Você não se sente ótimo quando reutiliza de maneira produtiva algo da sua casa? Existe um MacGyver dentro de todo mundo que pega gosto pela bricolagem: a pessoa começa a ter uma visão nova e criativa de todos os materiais que usamos no dia a dia.
Mais do que nunca o reaproveitamento é uma questão importante na forma como lidamos com o nosso consumo, e não é raro folhearmos em revistas de decoração jardins, brinquedotecas e obras de arte de tirar o fôlego, tudo produzido com materiais reaproveitados do nosso dia a dia.
Aquela madeira resistente, mas que acabou perdendo o verniz, garrafas, tecidos exóticos que sobraram ou de peças antigas, tudo isso pode virar arte nas suas mãos.
Esse trabalho dá aquela sensação de conexão com o lar quando resolvemos fazer um reparo. Dá o sentimento de sermos criativos, úteis e contribuidores do meio ambiente. E tem para todos os gostos e níveis de habilidade: você pode reunir seus filhos para criar flores artificiais ou convidar os amigos para usar um resto de tinta e dar uma demão em mobílias antigas para usar na área.
O interessante é que muitas empresas tiveram visão do potencial terapêutico, sustentável e econômico da bricolagem para o lar e criaram produtos funcionais para decoração, como rodapés e boiseries de parede, aparadores de livros, papéis de parede, prateleiras, cadeiras e decorações diversas.
O mais legal é que muitos deles podem ser aplicados com facilidade em casa, são divertidos e encarnam o melhor e mais tradicional do Do It Yourself!
Aqui no blog da Meu Rodapé você vai encontrar uma série de dicas para decoração, da organização, das tendências e, claro, as melhores dicas de bricolagem para o lar. Você é entusiasta dessa ideia? Compartilhe nos comentários suas obras e dicas com a gente!