O meio artístico passou por muitas mudanças com a chegada de novas modalidades, como a arte cubista.
O cubismo se difere das artes góticas, impressionistas e figurativistas, por abordar características vistas por ângulos diferentes e com uso de materiais que não permanecem apenas no pincel e na paleta de cores.
Aqui, você entenderá o que é a arte cubista, sua origem, quais são as principais características do movimento e muito mais! Aproveite todo o material sobre esse belíssimo estilo de pintura.
O que é a arte cubista?
O cubismo é um movimento artístico que trabalha com formas geométricas com a função de observar a realidade de diferentes maneiras.
Todo o procedimento é feito por meio da geometria para simbolizar objetos e pessoas, como a obra de Anita Malfatti intitulada “Nu Cubista”. Na pintura da brasileira, podemos observar que é a imagem de uma mulher nua, representada com diversas formas.
Trabalhos artísticos feitos em projetos anteriores atuavam integralmente com as formas sem causar fragmentação e decomposição dos planos. O contrário acontece na arte cubista, que atua exatamente com essa perspectiva e deixa de usar a verdadeira aparência dos objetos ou pessoas.
Já que estamos falando sobre detalhes, o que acha de conferir o conceito e as características da arte gótica?!
O que caracteriza a arte cubista?
A arte cubista é representada por formatos variados em todos os seus ângulos. O que mais predomina são linhas retas, cubos, cilindros e muito volume, por ter o foco de causar a sensação de “pintura escultórica”.
Além disso, o cubismo revolucionou ao incluir um novo tipo de perspectiva às pinturas, uma vez que diversas obras tenham sido desenvolvidas por uma mesma perspectiva. A intenção era acabar com a cópia porque o artista deveria criar ao invés de se inspirar em pinturas existentes para fazer mais do mesmo.
Isso significa que, no cubismo, o artista não precisa mais se preocupar em buscar a perfeição. Ou seja, é possível trabalhar com colagens, fragmentos, sobreposições feitas com materiais diferentes como o jornal ou pedaços de madeira para representar o que gostaria.
Saiba quais são as demais características:
Formas e volumes geométricos;
Decomposição de imagens para formas geométricas;
Uso de colagens;
Desapego das perspectivas;
Predominância de preto, branco, cinza, ocre e marrom;
Pintura escultórica.
Uma de suas características principais — e mais impactantes — é o antitradicionalismo, que encerra os conceitos comuns de beleza, perspectiva e proporção. As formas auxiliam a distorcer a realidade e transmitir mensagens aos observadores que precisam analisar atentamente as informações postas na tela.
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Qual a origem da arte cubista?
A origem da arte cubista foi marcada em 1907, por Pablo Picasso com “As Senhoritas de Avignon” — inspirado pelas belas esculturas africanas —, bem como as pinturas de Paul Cézanne, um artista francês que atuou no período pós-impressionista. Além de Picasso, Georges Braque foi um dos precursores do cubismo com os trabalhos Casas de L’Estaque e Violino e o Candelabro.
Entretanto, a arte cubista tem um forte contexto histórico que remete às alterações ocasionadas pela Segunda Revolução Industrial durante o século XIX. Com a chegada de automóveis, a fotografia e energia elétrica, a Europa começava a sair do mundo rural para se transformar em uma grande metrópole e também desenvolvia novas técnicas de pintura.
A arte cubista chegou ao Brasil em 1912 e 1917, mas se consolidou na Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922. Nela, destaca-se Tarsila do Amaral na primeira fase do Modernismo no Brasil, com quadros conhecidos até hoje, como “Morro da Favela”, “Abaporu” e “Os Operários”.
Como o movimento cubista foi dividido?
A primeira fase é conhecida como pré-analítica, em que os trabalhos foram feitos com inspiração nas produções do artista Paul Cézanne. Os pintores desenvolveram figuras que pareciam estar abertas na tela quando vistas pela parte frontal, pois eram mais simples e pouco robustas no início.
O começo pré-analítico se tornou conhecido como Movimento Africano, por serem usados como inspiração as máscaras e esculturas usadas na África. Porém, o movimento não encantou muito as pessoas devido às características exageradas que as pinturas possuíam.
Com o desenvolvimento artístico do cubismo, os profissionais começaram a atuar com novas cores e dar formas que fizessem mais sentido às suas construções. É necessário entendê-las para conseguir avaliar que tipos de mensagens as pinturas queriam transmitir.
Fase analítica-hermética
Na analítica-hermética eram usados tons marrons, pretos, cinzas e o ocre. Nela, as pinturas eram fragmentadas e sobrepostas, como forma de criar uma obra conceitual.
No entanto, pelo fato das imagens ficarem “destruídas” era praticamente impossível reconhecer as figuras que haviam sido pintadas.
Fase sintética
Neste período, os profissionais deixam de fragmentar os objetos para criar figuras fáceis de compreender — e que não são “estranhas”. Na mesma época, também, ocorre a inclusão de diversos materiais como folhas de jornal, pedaços de madeira e até mesmo vidro.
O intuito era fazer as pessoas serem estimuladas visualmente de maneiras diferentes. Os têxteis auxiliavam na criação de novas perspectivas, principalmente por serem muito chamativos e diferentes de tudo o que havia sido visto até então.
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Qual é o principal objetivo da arte cubista?
A arte cubista tem o objetivo de analisar a realidade sob diversas perspectivas, porém com o uso da geometria para retratar o mundo acompanhado de características dinâmicas. Ou seja, os artistas trabalhavam com a imaginação para não ficarem presos às atribuições de movimentos anteriores.
O foco também era fazer com que determinadas questões sociais presentes nas obras fossem analisadas, como o que Tarsila do Amaral fez. Ela retratou em seu quadro Os Operários, o surgimento da industrialização no Brasil, que foi um dos momentos mais importantes no país na época.
Quais foram os principais artistas e obras cubistas?
Na Europa, Pablo Picasso é um dos principais com as pinturas “As Senhoritas de Avignon”, “La Vie” e “Guernica”.
Além dele, outro nome de grande importância foi Georges Braque com “Copo Sobre a Mesa” e “Mulher com o Bandolim”, que possuem características interessantes, com cores mais escuras que auxiliaram no desenvolvimento da obra.
José Victoriano González e Juan Gris se consolidaram como um dos principais pintores do cubismo com telas analíticas e sintéticas como: o “Retrato de Picasso”, “Retrato de Josette Gris” e “Arlequim com Guitarra”.
Confira quais outros nomes foram importantes para a arte cubista:
Fernand Léger: possui obras como “A Cidade”, “Nus na Floresta” e “Os Construtores”;
Francis Picabia: pintou quadros como “Adão e Eva”, e “Dance at the Spring”;
Albert Gleizes: criou a obra “Paisagem e o retrato de Jacques Nayral”;
André Lhote: o artista criou o “Le Port de Bordeaux” e o “Mirmande”.
Além desses nomes, Robert Delaunay também atuou com arte cubista durante muitos anos e suas pinturas incluem a Torre Eiffel e Ritmo Sem Fim. Ele usava não apenas o cubismo no quadro, mas abstracionismo também que ajudaram a criar novas perspectivas em suas obras.
Principais artistas brasileiros do cubismo
Como sabemos, Tarsila do Amaral foi um dos principais nomes da arte cubista no Brasil, com suas importantes obras inspiradas parcialmente em sua infância.
Por exemplo, “A Negra” foi desenvolvida com base na vivência da artista com mulheres negras que trabalhavam nas fazendas.
Di Cavalcanti também foi um importante pintor da era cubista no Brasil com quadros intitulados de “Mulata com Pássaro”, “Mulheres no Balcão”, “A Carioca” e “Samba”.
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Te vemos no próximo post!Trabalhos artísticos feitos em projetos anteriores atuavam